Muitos profissionais questionam se trabalhar como PJ é vantajoso.
Com as mudanças no mercado de trabalho, que a pandemia potencializou nos últimos dois anos, percebeu-se que o CLT já não é mais visto como a única modalidade trabalhista que as empresas estão contratando. A carteira assinada deixou de ser sinônimo de bom emprego e estabilidade no cargo. E o modelo PJ (Pessoa Jurídica) vem ganhando cada vez mais força.
Essa predileção partiu das próprias empresas que, visando reduzir custos, passaram a contratar PJs para algumas áreas que antes seriam atribuídas somente à contratação CLT. O que se tornou bastante vantajoso para elas, sobretudo no atual cenário econômico brasileiro.
Mas será que, da mesma forma, trabalhar como PJ é vantajoso para o profissional também?
Confira esta e outras respostas no artigo a seguir.
Diferenças entre CLT e PJ
Ambas as modalidades têm suas características.
A primeira delas e mais expressiva é que, no CLT, você possui diversos benefícios e carteira assinada. O que, teoricamente, é mais seguro e estável. Mas terá um salário líquido menor.
Já como PJ, recebe um salário líquido maior - que pode ganhar ainda mais, uma vez que não existe vínculo empregatício, e você tem a possibilidade de trabalhar simultaneamente para outras empresas -, porém não tem direito aos benefícios que disporia se fosse CLT.
Veja abaixo outras diferenças entre esses modelos de contratação:
- Modelo CLT
- Atuar como Pessoa Física;
- Pessoalidade (trabalho deve ser feito por alguém específico, contratado para aquilo);
- Seguir as normas do empregador (relação de subordinação);
- Receber um salário pelo serviço prestado;
- Benefícios inerentes à modalidade de contratação;
- Prestar serviço não eventual – todos os dias ou com uma periodicidade específica (salvo o caso de trabalho intermitente).
- Modelo PJ
- O trabalho também acaba sendo feito por alguém específica, contratada para aquilo (o profissional PJ não encaminha outra pessoa para trabalhar em seu lugar como, por exemplo, aconteceria no caso de uma prestação de serviço);
- Regras e normas de trabalho, como horário de entrada e saída, acabam sendo respeitadas pela PJ – existe certa subordinação entre contratada e contratante;
- Pagamento mensal pelo serviço prestado (igual a um salário);
- Serviço prestado todos os dias ou com uma certa frequência.
Leia também: “Corretor: ser autônomo ou ter um CNPJ?”
O que considerar antes de trabalhar como PJ
Tal como dito acima, ao atuar como PJ (Pessoa Jurídica), não há vínculo empregatício. O que, consequentemente, isenta a empresa de conceder uma série de obrigações trabalhistas.
Esse e alguns outros detalhes podem despertar mais preocupações ao profissional do que se trabalhasse no modelo CLT. Sendo assim, antes de trabalhar como PJ, é preciso considerar:
1 - Salário
Geralmente, o PJ costuma receber 50% a mais de salário, uma vez que a empresa economiza em tributos e benefícios. Sem contar que, como citado acima, a falta de vínculo empregatício permite que o profissional trabalhe com outras empresas e assim aumente seus rendimentos.
Mas é importante lembrar que, ao negociar sua remuneração, 20% desse valor será destinado ao pagamento de impostos.
2 - Inconstância
Ao trabalhar como PJ, você deve entender que ficará vulnerável a certas inconstâncias, como o excesso de atividades em um mês e poucas em outro. Os ganhos também podem ser variáveis e não há garantia de que a empresa mantenha ou estenda seu contrato de serviços.
Portanto, é fundamental ter um controle financeiro, para não comprometer seu orçamento.
Profissional PJ tem algum direito?
Embora o modelo PJ não tenha 13º salário, seguro-desemprego, férias, etc. Em muitos casos, algumas empresas oferecem certos benefícios aos prestadores de serviços, que são acordados na hora de assinar o contrato. Mas lembre-se que isso varia de uma empresa para a outra e o fato de somente trabalhar como Pessoa Jurídica não dá especificamente direito a recebê-los.
Quanto à aposentadoria, tanto o profissional PF quanto o PJ têm direito, desde que contribuam com o INSS. O que muda é a porcentagem, que é muito mais vantajosa para o PJ. Que, ao se formalizar, tem a obrigação de contribuir apenas com 11%.
Leia também: “MEI e INSS: como funciona e quais são os benefícios”
Afinal, trabalhar como PJ é vantajoso ou não?
A resposta é: depende.
São diversos fatores que devem ser levados em consideração antes de começar a atuar como PJ. Por exemplo: seu perfil profissional, área de atuação, seus objetivos e, sobretudo, quanto você ganha ou pretende ganhar. Mas saiba que este modelo também concede suas vantagens.
Veja abaixo quais são:
- Rotinas de trabalho mais flexíveis;
- Autonomia para trabalhar com mais de um cliente;
- Rendimentos mensais maiores;
- Menores custos tributários;
- Ofertas de trabalho mais atrativas;
- Redução de custos na folha de pagamento;
- Menos burocracia;
- Profissionalização e formalização do negócio;
- Controle de recebimento dos serviços;
- Emissão de boletos bancários;
- Facilidade para cobrança.
Observe que, apesar de não ter vínculo e direitos do modelo CLT, você pode exercer sua função de maneira proveitosa, ganhar bem e ainda conquistar mais oportunidades de negócio.
Como se tornar um profissional PJ
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